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Mundo das ComunicaçõesQual será o futuro do setor das telecomunicações?

Qual será o futuro do setor das telecomunicações?

Existem sete aspetos dominantes e que serão cada vez mais decisivos nos próximos anos para o setor das telecomunicações: mudança de paradigma nas formas de trabalhar; aceleramento da migração para a cloud; gestão da mudança; necessidade de maior largura de banda em todo o mundo; Serviços On Demand; SDN e 5G.

Há mais de dois anos que o mundo enfrenta uma crise sem precedentes e não sabemos quando terminará. Apesar dos países estarem em diferentes fases de evolução da pandemia, é evidente para todos que a tecnologia e mais especificamente a conectividade, se tornaram vitais para podermos lidar com os vários aspetos do quotidiano. Neste contexto, as telecomunicações passaram a ser uma infraestrutura crítica. Além disso, a pandemia, que impulsionou uma profunda mudança de paradigma na forma de trabalhar que está em plena evolução, obrigou as empresas a reavaliarem as suas estratégias e áreas de foco para os próximos anos.

Também a migração para a cloud e a sua respetiva adoção aceleraram exponencialmente desde 2020, porque as empresas, no contexto da pandemia, rapidamente concluíram que os seus ambientes on premisse tinham passado a ser totalmente desadequados e que urgia adotarem ambientes de trabalho mais ágeis para se manterem em funcionamento.

Consequentemente os especialistas referem que o mercado da cloud este ano, e nos próximos, irá registar elevados níveis de crescimento que serão ainda mais relevantes dado que a resposta das empresas ao “novo normal” passa cada vez mais pela computação na nuvem. Segundo a Gartner, os gastos das empresas em TI relacionados com a adoção da cloud irão ultrapassar os 1,3 Mil Milhões de dólares em 2022, e este valor deverá aumentar para cerca de 1,8 mil milhões de dólares até 2025.

A pandemia levou igualmente o setor das telecomunicações a eleger como prioridade a gestão da mudança. Os confinamentos e as quarentenas contribuíram para que a forma como eram instalados os equipamentos, disponibilizados os serviços, e a própria interação com os clientes fossem alteradas. O que teve um reflexo nos investimentos feitos em monitorização de falhas e níveis de desempenho, para garantir a navegação remota nas redes, compreender o que se passa dentro delas e fornecer os recursos necessários para o seu correto e bom funcionamento.

Todas estas mudanças estimularam ainda mais a necessidade crescente de maior largura de banda à escala global, especialmente nas ligações entre os centros de dados, e entre os centros de dados e os ISP.

A resposta a estas mudanças passa cada vez mais pelos serviços on demand. A nova realidade que vivemos trouxe para primeiro plano a elasticidade e a escalabilidade da largura de banda das redes em função das necessidades específicas e concretas dos clientes em cada momento, permitindo que a conectividade atue realmente no seio da cloud e que o cliente tenha acesso a uma experiência verdadeiramente uniforme, independentemente da forma como se move neste ambiente. Da mesma forma, impõe-se o reforço dos investimentos em SDN (Redes Definidas por Software). Foi graças ao SDN que durante os piores períodos da pandemia as empresas puderam migrar rapidamente para modelos de trabalho remoto e assim manterem-se em atividade.

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