A infraestrutura que a Nokia vai construir na Lua será uma componente crucial do programa Artemis da NASA, na ajuda de estabelecer uma presença sustentável no satélite natural até ao fim da década. A rede será transportada para a Lua este ano à boleia de um foguetão da SpaceX.
Nokia espera lançar a rede de comunicações 4G para suportar a missão Artemis na Lua ainda em 2023
A Nokia foi nomeada pela NASA como parceira de tecnologias de comunicação para a Lua em 2018 para desenvolver a primeira rede 4G/LTE no espaço. A infraestrutura será uma ajuda imprescindível na presença sustentável dos humanos na superfície lunar previsto para o final da década. A rede estava inicialmente prevista para 2019, mas houve atrasos e apenas no final de 2023 será concluída esta fase do projeto, disse um executivo da empresa à CNBC.
A tecnologia da fabricante finlandesa será ultracompacta, de baixo consumo de energia, resistente às condições do espaço. A rede 4G vai suportar as comunicações da missão Artemis 1, o início do regresso do Homem à Lua. A Nokia já encomendou à SpaceX o transporte da tecnologia, previsto para os próximos meses.
A rede será alimentada por uma estação equipada com uma antena, armazenada num lander lunar Nova-C, desenhada pela empresa espacial Intuitive Machines, acompanhado de um rover alimentado por energia solar. Espera-se uma ligação LTE entre o lander e o rover na Lua.
Esta infraestrutura de comunicações está prevista alunar na cratera Shackleton, na zona a sul da Lua. Segundo a Nokia, esta tecnologia foi desenhada para resistir às condições extremas do espaço. E pretende mostrar como as redes terrestres podem servir as necessidades de comunicação em futuras missões espaciais. Os astronautas vão poder comunicar entre si e com a base de operações da missão.
Além disso, as redes espaciais vão permitir operar remotamente o rover, assim como transmitir vídeo em streaming em tempo real e dados de telemetria para a Terra. E espera ainda que a sua rede ajude a encontrar gelo na Lua, que possa depois ser tratada para utilização dos astronautas, seja para beber ou para alimentar o combustível a hidrogénio dos equipamentos.
A fabricante espera que o hardware seja fique pronto e validado em breve, esperando ser lançado ainda em 2023, desde que a SpaceX também não tenha nenhuma contrapartida que atrase a missão.
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