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AICEP visita o Centro de Inovação da DHL na Alemanha

No passado dia 12 de outubro, dando cumprimento à sua missão, nomeadamente no que respeita à partilha, entre os seus associados, de informação, de divulgação de iniciativas e de melhores práticas no âmbito das comunicações (físicas e/ou eletrónicas) promoveu, com o apoio do Grupo Deutsche Post DHL, uma visita virtual ao seu Centro de Inovação em Troisdorf, na Alemanha.

O centro de Troisdorf, a par de outros 2 existentes em Singapura e nos EUA, é uma verdadeira montra de inovação. Sendo a inovação uma alavanca – aliás, a alavanca – indispensável para o desenvolvimento proactivo das organizações e sendo a DHL líder da indústria logística, esta organização tem vindo a investir consistentemente na pesquisa de tendências e no desenvolvimento de soluções inovadoras. Em qualquer dos Centros de Inovação da DHL inventa-se o futuro. Para isso a DHL promove a colaboração, congregando clientes, instituições de pesquisa e académicas, parceiros da indústria e peritos em logística da própria DHL. Cada um dos Centros de Inovação da DHL é, assim, um local de demonstração dessas experiências e dos ensaios mais disruptivos e avançados e pretende inspirar as organizações, sugerir caminhos e motivar novos projetos.
A oportunidade desta sessão promovida pela AICEP e dedicada à Inovação é óbvia: a velocidade acelerada a que a tecnologia evolui e o impacto que isso tem representado nas tendências de consumo dos clientes e consumidores e que estão a fazer com que criar e inovar não seja mais uma excentricidade, mas sim uma necessidade para a sobrevivência das organizações e das próprias sociedades. Inovar é hoje um processo intrinsecamente ligado à estratégia das organizações (sejam elas privadas, públicas ou governamentais), provido de metodologias estruturadas que promovem não só o falhar rápido, como também a agilidade por via da inovação aberta e de parcerias e aquisições estratégicas.
E a inovação não é apenas um imperativo das empresas, mas, em mercados regulados, também o é das respetivas autoridades reguladoras. Também estas, por um lado, devem inovar e procurar acompanhar a evolução dos mercados que regulam e, por outro, adotar práticas regulatórias que constituam um estímulo à inovação e ao respetivo investimento por parte das empresas reguladas, dando um contributo muito valioso para a consolidação de mercados inovadores.
Nestas (também elas muito inovadoras) visita e sessão de trabalho virtuais participaram cerca de 200 pessoas de várias organizações postais, de telecomunicações, de conteúdos e media e de órgãos reguladores dos vários países representados na AICEP, nas quais se começou por proporcionar uma visita às várias áreas do centro de Troisdorf, explicando as diversas inovações e soluções em importantes matérias, tais como:
• Inteligência Artificial (IA) – como ferramenta preciosa para previsões, sobretudo aplicadas à logística, no sentido de otimizar capacidades necessárias em termos de volumes e dimensões para transporte de objetos. E também para compreensão do mundo e interação com este. E ainda nos múltiplos aspetos relacionados com automação/robótica e veículos autónomos.
• Robótica – a utilização de robots na indústria postal/logística, bem como uma crescente automação de processos e tarefas é incontornável, dada a crescente quantidade de objetos em trânsito, a variada tipologia dos mesmos e a imperiosa necessidade de os tratar cada vez mais depressa. Aqui também a IA e a algoritmia sofisticada são fundamentais não só para otimizar os procedimentos, mas também para redução de custos.
• Sustentabilidade – a sobrevivência das sociedades depende atualmente, mais do que nunca, de uma utilização racional dos recursos disponíveis e da adoção de tecnologias que nas várias dimensões da atividade humana, e em particular da postal, minimizem a agressão ambiental. Por isso é fundamental a utilização de veículos elétricos, quer na última milha, quer noutros segmentos dos trajetos de distribuição. O objetivo é neutralizar completamente as emissões de gases nocivos para atmosfera.
• O comércio eletrónico – se o comércio eletrónico tem vindo a registar crescimentos significativos em todos os operadores postais e logísticos, a pandemia que grassa tem dado ainda um maior impulso a esta atividade, o que também tem contribuído para um refinamento de todos os processos correlacionados com a entrega de objetos comprados via web.
Existem as mais variadas soluções e alternativas para entrega de objetos adquiridos via web: lockers, parcerias com 3.ª partes, crowd-shipping (i.e. entrega usando redes informais mas certificadas), veículos autónomos, etc. A DHL lançou recentemente uma plataforma de comércio eletrónico – https://www.africa-eshop.dhl/ – que permite a numerosos países do continente africano adquirirem bens em mais de 250 fornecedores dos EUA e Reino Unido.
Esta abrangência poderá ser enriquecida com alternativas que impulsionem as economias regionais, tirando partido dos fornecedores locais. Também neste particular, as soluções tecnológicas poderão ser um meio para ultrapassar as limitações das infraestruturas de comunicação. A média de idades no continente africano sugere que todas as inovações tecnológicas sejam bem agarradas por uma população extremamente jovem e ávida de usar as novas tecnologias.
• Drones – a utilização de drones tem vindo a ser testada por vários operadores a nível mundial, tanto na Europa, como noutros continentes. A DHL tem tido um historial consistente de teste de várias gerações de drones com vista a abordarem situações de entrega de objetos de vários tipos em diversos locais/territórios/geografias “hard-to-reach”; desde entrega de medicamentos em farmácias localizadas em ilhas remotas escassamente servidas por outros meios de entrega até entrega de encomendas em locais montanhosos sem ou deficitariamente servidas por estradas. Por outro lado, tem vindo a estabelecer parcerias com empresas na China que usam intensamente esta nova forma de entrega, especialmente para “same day deliveries”. Atualmente questões técnicas ligadas a segurança, autonomia, controle e também de natureza regulatória são ainda os principais obstáculos para o seu uso massificado, sobretudo em países Europeus. No entanto, em países africanos onde as infraestruturas de comunicações são muitas vezes deficitárias ou inexistentes, os drones podem ser uma solução para entrega de bens (ex.: auxílio humanitário). Fora do contexto logístico, os drones têm vindo a ser utilizados em situações de manutenção (ex.: observação do estado de equipamentos em torres de comunicação – esta opção é mais rápida e barata do que enviar equipas que têm de escalar torres para verificações in loco).
• Outros – a impressão 3D com a possibilidade de produção de bens on demand e possibilidade de serem entregues em lapsos de tempo mais curos, dispensando os processos clássicos de recolha na fábrica ou em armazéns intermédios e a Internet of Things são outros exemplos de tecnologias que combinadas com os avanços registados noutros domínios, alguns atrás focados, estão a mudar e irão ainda mudar mais as vidas das organizações e das sociedades.
Neste sentido, a visita guiada focou também o DHL Logistics Trend Report que de 2 em 2 anos procura identificar as tendências tecnológicas (mas não só) que irão influenciar, no curto, médio e longo prazo, as organizações de logística. Este relatório é o resultado de uma intensa pesquisa e análise de tendências e da recolha da sensibilidade de vários agentes do ecossistema científico, académico e empresarial e da própria sociedade. A versão mais recente deste relatório encontra-se disponível em https://www.dhl.com/global-en/home/insights-and-innovation/insights/logistics-trend-radar.html. Outros documentos que fornecem insights mais aprofundados (ex.: sobre “Digital Twins”) podem também ser encontrados em https://www.dhl.com/global-en/home/insights-and-innovation.html.
Em suma, a missão de qualquer um dos Centros de Inovação da DHL é, para e com os clientes, vir a desenvolver soluções que respondam às suas necessidades e estejam alinhadas com o que o futuro parece desvendar e exigir, através de um processo em 3 fases: “Inspire, Connect and Engage”
Claro que no estado atual de desenvolvimento da tecnologia em que a transformação digital, nas suas múltiplas vertentes e manifestações, perpassa as organizações, estes tópicos não serão seguramente os únicos que merecem destaque e atenção, mas foram, sem qualquer dúvida, dos mais importantes para os membros da AICEP.
A forte adesão registada de participantes mostra a enorme oportunidade da referida visita e sessão de trabalhos virtuais que se espera tenham sido inspiradoras e deixado uma saudável inquietação naqueles, vindo também a ser partilhada, entusiasticamente, em todas as organizações membros da AICEP.
Poderá igualmente fazer a sua visita virtual ao Centro de Inovação da DHL visualizando o respetivo filme através do link abaixo:

https://dpdhl.sharefile.eu/d-725fe5ae8f2d4c19

Outubro 2020

 

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