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Mundo das ComunicaçõesSanções à Rússia e apoio à Ucrânia: sector das telecom e tecnologia mostra-se unido na crise

Sanções à Rússia e apoio à Ucrânia: sector das telecom e tecnologia mostra-se unido na crise

No Mobile World Congress, em Barcelona, há vários sinais de apoio à Ucrânia, desde laços nas lapelas a cartazes com indicações para apoiar o país e a população. O stand da Rússia foi banido e agora a associação de operadores criou um fundo de 15,5 milhões de libras.

Em Portugal a MEO foi a primeira operadora a disponibilizar chamadas gratuitas para a Ucrânia e acesso à Ukrainian TV mas também a NOS, a NOWO e a Vodafone fizeram o mesmo, mantendo estas condições até 15 de março. O movimento de apoio estende-se a outras operadoras pela Europa, que procuram ajudar as famílias e amigos a manterem o contacto com quem permanece na Ucrânia, ou está em fuga para atravessar as fronteiras e fugir do ataque russo.

No Mobile World Congress 2022, a maior feira de tecnologia e telecomunicações na Europa, o apoio à causa ucraniana é claro entre os visitantes, mas também da parte da organização. Ainda antes da feira abrir portas, o pavilhão da Rússia, um dos muitos pavilhões patrocinados por países, foi cancelado.

Hoje a GSMA – a associação de operadores que organiza o evento em Barcelona, anunciou o programa #UKAid, um fundo com 15,5 milhões de libras, um reforço ao GSMA Mobile for Humanitarian Innovation que já contava com 15 milhões para assistência em crises humanitárias até 2025.

Reconhecendo que as comunicações são vitais há uma mobilização para manter as redes a funcionar na Ucrânia e mesmo Elon Musk já enviou terminais da Starlink, respondendo a um tweet do ministro de Transformação Digital ucraniano, Mykhailo Fedorov.  Os equipamentos chegaram esta segunda-feira.

O ministro, e vice-presidente, tem estado muito ativo na área da tecnologia e hoje sugeriu que há dois passos importantes para fazer com que os russis deponham o regime de Putin: a saida completa do país da Visa e Mastercard, e não apenas sanções aos bancos, e o bloqueio da Apple Store e da Google Play com todas as apps. O pedido de sanções foi feito também à SAP e Oracle e antes Mykhailo Fedorov tinha lançado o desafio de enviar Putin para Júpiter.

Numa carta enviada ao ICANN, o organismo que regula a Internet a nível mundial, Mykhailo Fedorov, ministro ucraniano da Transformação digital apelou ainda para que sejam implementadas “sanções estritas” contra a Rússia “no contexto da regulação de DNS”.

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