Acionistas da empresa de telecomunicações estatal Tmcel aprovaram uma Comissão de Gestão e planos de revitalização da empresa e de redução de custos, anunciou hoje a marca.
As decisões foram tomadas em assembleia geral extraordinária realizada no passado dia 16 de maio, dias depois de o ministro da tutela ter alertado no parlamento para a situação de quase colapso da empresa.
A assembleia geral “aprovou a composição de uma Comissão de Gestão da Tmcel, constituída por Mahomed Adamo Mussá, presidente e responsável pelas áreas Comercial e de Sistemas; Nordino José Wazo, gestor para a área de Operações, e Cezerillo Horácio Eugénio Matuce, gestor para as áreas de Administração e Finanças“, lê-se em comunicado.
Na sequência, “deixaram de exercer funções os membros do conselho de administração, Mahomed Rafique Jusob, Mário Luís Albino e Binda Jocker, em exercício há seis anos na empresa“.
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique disse há uma semana no parlamento que a Tmcel enfrenta um risco de “colapso” se não houver medidas imediatas e urgentes para a sua recuperação financeira.
A firma “perdeu capacidade de honrar os seus compromissos, incluindo o pagamento de salários aos seus muitos trabalhadores e tem uma dívida global acumulada de mais de 400 milhões de dólares (365 milhões de euros), com tendência a agravar-se“, declarou Mateus Magala.
A Tmcel está a perder progressivamente quota de mercado e o seu equipamento está ultrapassado, em comparação com a concorrência, enfatizou.
O ministro moçambicano avançou que um estudo aconselhou a venda de mais de 80% dos ativos da Tmcel, redução de mão-de-obra e assunção da dívida pelo Estado, visando atrair um parceiro estratégico que ajude na recuperação da companhia.
DW Moçambique