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Espaço LusofoniaLusofonia em Newark através da arte angolana

Lusofonia em Newark através da arte angolana

No dia 11 de fevereiro passado o museu de Newark serviu de palco para o evento “Afro Elegance: Kings and Queens Black and Tie Affair”.

O evento resultou da pareceria estabelecida entre o Museu de Arte de Newark, o grupo da restauração Afro Tacos e o FORSA! Media Group e celebrou diferentes expressões de arte africana, música, dança e comida.

De acordo com a equipa de organização, o objetivo foi celebrar o mês da História Afro Americana “da forma mais honrosa e elegante possível”, mas rapidamente se tornou num evento multidisciplinar que contou igualmente com a participação do projecto da UNESCO ResiliArt Angola – um programa que gira em torno do empoderamento social e económico de artistas.  Obras dos artistas Jorsanady, Davi e Jose Dombele, Uolof Griot, Alcides Malakaia e Fanny Bienga estiveram foram estiveram em exposição durante o evento.

Este tipo de eventos são uma extensão da nossa missão no Museu de Arte de Newark. O nosso objectivo é mesmo é mesmo despertar a imaginação dos artistas pelo mundo ao mesmo tempo que celebramos a contribuição dada pela diáspora representada na cidade”, concluíram Filippini Fantoni (Deputy Director for Learning and Engagement) e Darryl Dwayne Walker (Manager of Community Engagement).

A Presidente e CEO do Forsa Media Group e curadora musical do museu, a caboverdiana Marcy DePina, mostrou-se essencial para que este evento se tivesse tornado numa realidade.  “Este é fruto da criatividade do CEO do Afro Tacos Cliff Mills.  É particularmente simbólico por se tratar também do mês de celebração da História Afro Americana.  Tratando-se de um evento no maior museu do estado, a nossa intenção foi fazer algo igualmente grandioso.  Esta é uma fantástica celebração da cidade de Newark e do seu impacto ao nível internacional ao mesmo tempo que se celebra a arte africana e a sua diáspora.  Estou muito orgulhosa por fazer parte da organização de um evento que enaltece a diversidade cultural.”

O sucesso do evento esteve presente nos sorrisos das duzentas pessoas que puderam apreciar esta ponte estabelecida entre artistas internacionais, como é o caso dos designers de moda e jóias Johan Alain e Kay Luke.  A pista de dança ficou ao cargo dos Djs MD, DJ Keilo, e DJ Nayah, o Brother Jerome também surpreendeu todos os presentes com uma performance energética que combinou música e dança africana.  Simultaneamente, as galerias de Arte Africana e Mediterrânica estavam abertas ao público com direito a visitas guiadas pelo curador de arte Henone Girma.

A componente gastronómica do evento ficou ao cargo de um dos “lunch trucks” mais populares do estado, o “Afro Tacos,” da criação do chef Cliff Mills e da sua equipa.  “Eu acredito que eventos desta natureza são muito importantes para os negócios africanos locais assim como para os artistas.  Nós unimos a comunidade, prosperamos e apoiamos a nossa cultura”, revelou Cliff Mills.

Em representação do programa ResiliArt Angola esteve o diretor executivo das escolas americanas de Angola, o angolano Marcos Agostinho, que marcou presença enfatizou a importância de tais iniciativas para o empoderamento social e económico para os artistas especialmente depois da pandemia.  “Uma cooperação deste tipo poderá apenas solidificar as relações entre Angola e Newark.”  O professor Marcos foi uma figura central no processo da oficialização do estatuto de cidades irmãs entre Newark e Luanda, liderado pela vice-presidente da câmara de Newark, Lígia de Freitas, que é também a Diretora de Relações Internacionais do município.  O evento reuniu ainda dignitários de relevo como a esposa do presidente da câmara de Newar,k Linda Jumah Baraka, e a Cônsul-Geral de Angola para Nova Iorque a Embaixadora Augusta Bessa.

Alinhado com o reconhecimento do contributo feito por descendentes africanos para com a cidade de Newark, durante o evento foi homenageada a empresária e autora do “best seller” do New York Times Tiffanny “The Budgetnista” Aliche, com o prémio de AfroExcellence de 2023.

O evento celebrou-se com lotação esgotada e uma percentagem dos lucros foram doados para o YMCA de Newark e para o Museu de Arte da mesma cidade.

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