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Universo AICEPLíderes das Comunicações Lusófonas debateram na Aguieira (Mortágua, Portugal), os “Desafios” e “Oportunidades” que nos são trazidos pelas “Soluções das TIC para uma Indústria Inovadora e Sustentável”.

Líderes das Comunicações Lusófonas debateram na Aguieira (Mortágua, Portugal), os “Desafios” e “Oportunidades” que nos são trazidos pelas “Soluções das TIC para uma Indústria Inovadora e Sustentável”.

Foi sob o tema “Soluções das TIC para uma Indústria Inovadora e Sustentável – Desafios e Oportunidades” que, nos passados dias 20 e 21 de novembro, na Aguieira, em Mortágua, que se realizou o Encontro de Altos Dirigentes (EAD), organizado pela Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP), cuja direção é presidida pelos CTT – Correios de Portugal.

Este evento reuniu Presidentes, CEO’s, Administradores e outros Dirigentes das empresas operadoras de Comunicações (correios e encomendas; telecomunicações e comunicações eletrónicas e conteúdos de televisão e media) e das autoridades reguladoras do setor, membros da AICEP, de sete dos nove países e território de língua oficial portuguesa.

As Tecnologias de Informação e Comunicação passaram desde há muito a desempenhar um papel fundamental na transformação da indústria, impulsionando-a para um futuro mais inovador e sustentável. À medida que enfrentamos desafios que são verdadeiramente globais, e que só conseguiremos enfrentar com sucesso à escala global – tais como as mudanças climáticas, a escassez de recursos naturais ou a necessidade de produção energeticamente eficiente – as TIC emergem como um trunfo valioso para a indústria e para a economia em geral.

Como referiu João Bento, presidente executivo dos CTT na sessão de abertura deste evento, na qual igualmente participou Ricardo Pardal Marques, Presidente da Câmara Municipal de Mortágua, que deu as boas-vindas a todos os participantes ao seu concelho, “é e será, através da automação, da análise e processamento de dados, da digitalização de tarefas e de processos, de soluções baseadas em conectividade universal (IoT), que as empresas podem otimizar processos, impulsionar a inovação e tomar medidas concretas para minimizar seu impacto ambiental. A automação de tarefas – quer repetitivas, quer complexas – e a análise de dados em tempo real, possibilitam maior eficiência na produção, reduzindo desperdícios de energia e otimizando o uso de matéria-prima.

A digitalização da indústria também promove a inovação ao facilitar o desenvolvimento de novos produtos e serviços. A capacidade de dispor de modelos computacionais progressivamente mais complexos, a sofisticação progressiva de instrumentos de realidade aumentada e os progressos na impressão 3D, por exemplo, permitem projetar e testar protótipos de forma muito mais rápida e económica. Contribuem para isso, os progressos incessantes na capacidade de processamento, que viabilizam a gestão de big data como nunca imagináramos possível”, prosseguiu João Bento.

E se a capacidade de processamento começou por viabilizar, entre inúmeros outros progressos, o desenvolvimento acelerado de ferramentas de inteligência artificial centradas em técnicas de aprendizagem automática, possibilitando a identificação de tendências de mercado e a personalização de produtos de acordo com as expectativas dos clientes, os progressos mais recentes na área dos large language models terão impactos no desenvolvimento da indústria e dos serviços de alcance provavelmente inimaginável. Tudo isto esbate progressivamente as fronteiras entre indústrias, permitindo integração de negócios, abrindo novos-mercados-com-novos-serviços, criando, portanto, novas oportunidades.

Mas parece consensual que não haverá progresso que não seja sustentável. Por isso, a sustentabilidade e, em particular, a sustentabilidade ambiental, tem de estar no centro das soluções que as TIC podem trazer – e já estão a trazer – para a indústria”, disse ainda João Bento.

Mas para implementarmos a Transformação Digital na indústria, necessitamos imperiosamente de conectividade que permita uma fluidez de processos entre domínios e indústrias e integre as cadeias de valor e de fornecimento, ligando fornecedores a consumidores, prestadores de serviços a utilizadores e parceiros entre si. A eficácia dessa conectividade, enquanto “cola” da digitalização, será dependente da velocidade, da densidade e da latência permitidas. E o 5G vem dar resposta a todos estes requisitos, constituindo-se como uma peça fundamental na indústria do futuro.

Esta transformação na indústria requer uma atenção redobrada e precisa de ser acolhida pelas organizações que querem vencer o jogo da competitividade e da sustentabilidade. “Os processos de transformação digital não podem ser geridos ao acaso e necessitam de estratégias claras e bem entendidas por todos. Tal como qualquer processo de transformação”, concluiu João Bento

Deste Encontro resultaram importantes conclusões, que foram elencadas por João Caboz Santana, presidente da direção da AICEP e diretor das Relações Institucionais dos CTT, na sessão de encerramento dos trabalhos, tendo ainda destacado o facto de que nesse mesmo dia a AICEP fazia 33 anos. Com efeito, foi no âmbito do III Encontro dos Operadores de Correios e Telecomunicações dos Países de Língua Oficial Portuguesa que, na Guiné-Bissau, entre 19 e 21 de novembro de 1990, nasceu aquela que foi, que é, a  1.ª Associação Empresarial dos Países de Língua Oficial Portuguesa e a única associação mundial que congrega Correios, Telecomunicações, Conteúdos (Televisão) e Órgãos Reguladores, constituindo um espaço de convergência dos parceiros do setor das Comunicações, com extensos planos de formação e cooperação para o desenvolvimento: a AICEP.

 

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