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Mundo das ComunicaçõesIndústria de telecomunicações também aposta em IA para aprimorar sinal do 5G.

Indústria de telecomunicações também aposta em IA para aprimorar sinal do 5G.

Inteligência artificial surge como uma nova promessa para melhorar a qualidade da infraestrutura de redes de telefonia móvel

Imagine uma antena de celular 5G que usa a inteligência artificial (IA) recheada de algoritmos e aprendizado de máquina para entender o comportamento dos usuários e otimizar de forma dinâmica o alcance de sua rede. Soluções que pareciam improváveis há alguns anos estão sendo apresentadas pelas companhias de infraestrutura de rede no Mobile World Congress, maior evento de telecomunicações do mundo que ocorre esta semana em Barcelona.

O objetivo da estratégia, dizem as companhias, é ganhar mercado e baixar os custos de implantação da rede 5G. Em geral, a quinta geração, por estar em uma frequência elevada, precisa de uma quantidade de três a cinco vezes maior de antenas em relação ao 4G, o que acaba encarecendo o custo de implantação.

O primeiro passo na jornada de valor do 5G foi dado, mas ainda está nos estágios iniciais. Olhando para trás, podemos ver como a implantação do 4G, juntamente com um ecossistema global de dispositivos, lançou as bases para a economia dos aplicativos. Aproveitar as capacidades em evolução das redes 5G para criar novos conjuntos de valor será essencial para um crescimento rentável“, diz Fredrik Jejdling, vice-presidente de rede da Ericsson.

A Qualcomm, que recentemente anunciou nova geração de processadores com inteligência artificial para smartphones e notebooks, aposta agora nos recursos de IA em seus equipamentos de infraestrutura.

Uma das inovações é a solução de acesso fixo sem fio 5G (o FWA, de Fixed Wireless Access), espécie de roteador para prover internet em residências. Atualmente, a companhia vende as primeiras gerações do produto no Brasil em parceira com a Claro e a Vivo. A companhia também participa de testes em escolas.

Segundo Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm para América Latina, o produto conta com sistema que detecta onde está o usuário. De acordo com a empresa, o aparelho conta com tecnologia de IA e aprendizado de máquina com campo de visão de 360 graus.

Com isso, o sistema aprende e se adapta de forma constante às mudanças nas condições do ambiente, otimizando o alcance da cobertura. O aparelho também aproveita os novos recursos de IA para reduzir o consumo de energia em cerca de 50% em relação à geração anterior.

O FWA será complementar à rede fixa. Os preços vão convergir (hoje o FWA custa de R$ 399 a R$599 mensais). No segundo semestre haverá redução no preço. A estimativa é que de três a quatro anos o FWA alcance de 10% a 20% da banda larga fixa. Isso vai permitir maior conexão em todo o país e gerar mais conexão às empresas“, diz Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm para América Latina.

 

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