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EUROAFRICAN Fórum aproxima África e Europa

Chefes de Estado e membros de governos de cerca de uma dezena de países, investidores, gestores e académicos vão explorar oportunidades e analisar projetos concretos para aproximar Europa e África no “EuroAfrican Forum 2023”, em julho, em Carcavelos (Portugal).

A temática que nós vamos desenvolver este ano é: Europa-África, oportunidades de crescimento” para esta aliança, falando “de investimento, infraestruturas, transição energética e transformação digital“, adiantou em entrevista à Lusa, António Calçada de Sá, presidente da direção do Conselho da Diáspora Portuguesa.

Esta organização não-governamental para o desenvolvimento é a organizadora do evento, que decorrerá em 18 e 19 de julho, em que é esperada a participação de pelo menos 500 pessoas.

A cerca de um mês da realização do fórum, a organização tem confirmadas as presenças de ministros e decisores públicos de todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ou seja, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, além de África do Sul, Zimbabué e Ruanda, e manifestação de vontade de participar de outros, podendo ultrapassar a dezena.

Nesta 6.ª edição, um dos temas a tratar é a inovação, “mas já com projetos muito concretos para África“, salientou na entrevista à Lusa o presidente da organização que trabalha para mobilizar a diáspora portuguesa para a melhoria da imagem e credibilidade de Portugal no estrangeiro e dar a conhecer as potencialidades do país.

Transformação digital: maior integração para um ecossistema digital global” é o primeiro tema em debate, contando entre os oradores com Normam Albi, presidente da MEDUSA Submarine Cable Sistem, o operador de infraestruturas que nasceu para interligar países do Sul da Europa – Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Chipre – com países do Norte de África – Marrocos, Argélia, Tunísia e Egito.

Neste painel, o primeiro depois da abertura oficial do evento a cargo do presidente do Conselho da Diáspora e de Durão Barroso, presidente do EurAfrican Fórum, intervêm também Audrey Mothupi, presidente executiva da SystemicLogic Group, um ator global de inovação financeira, dados e tecnologia, da África do Sul, e Abdellah Menou, diretor da Autoridade Aeroportuária de Marrocos.

Estamos a ver uma coisa interessante: África, apesar de nós pensarmos sempre que chega mais tarde, e chega (…) mas chega com a última versão das transformações digitais“, e é uma “grande vantagem chegar nos últimos capítulos de uma transmissão digital“, referiu Calçada de Sá, para salientar a importância deste painel.

Transformação verde: necessidade e oportunidade económica para aproximar a Europa e África” é o tema do painel que fecha a manhã do primeiro dia do encontro, que conta ainda com dois outros debates.

O primeiro será sobre “Educação de qualidade através da cooperação em pesquisa e inovação“, com a participação, entre outros, de Mónica Ferro, diretora do gabinete de Genebra do Fundo das Nações Unidas para a População.

O segundo é sobre “Reforçar os sistemas de saúde: fabrico e acesso a vacinas, medicamentos e tecnologias da saúde“, em que um dos intervenientes é Marie-Ange Saraka-Yao, diretora da área financeira da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi).

Como “Apoiar o financiamento sustentável do crescimento“, “Oportunidades e desafios da internacionalização e do comércio transfronteiriço UE-África” e “Ligar áfrica e Europa através de infraestruturas e transporte sustentáveis“, são os temas para debate no segundo dia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, faz a abertura dos trabalhos deste último dia do Forum, em que participam oradores como Frannie Léautier, presidente da SouthBridge Investments, Rita Laranjinha, responsável pela política externa europeia para África, e Ngozi Okonjo-Iweala, antiga ministra das Finanças da Nigéria e atual diretora-geral na Organização Mundial do Comércio.

Com figuras destacadas do mundo empresarial e financeiro, mas também da academia, ciências, cultura e cidadania, o presidente do Conselho da Diáspora acredita que esta será uma grande oportunidade para mostrar “projetos concretos, muitos já a acontecer ou feitos” e “atrair quem são os principais interessados“.

Jornal de Negócios

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