O Aplicativo móvel “NaNosMon” vai rastrear casos infetados da COVID-19, garantindo e preservando a liberdade individual e evitar o colapso do sistema de saúde nacional, revelou hoje um dos mentores do projeto, Hélio Africano Querido Varela.
Em declarações à Inforpress, Hélio Varela explicou que se trata de um projeto de um grupo da sociedade civil que pretende dar o seu contributo no combate à pandemia da COVID-19, sobretudo salvar vidas.
Adiantou que constataram que existe uma fragilidade no processo de rasteiro que é feito manualmente, processo esse que poderá causar colapso no sistema de saúde, razão que está por trás da decisão de avançarem com um aplicativo Open Source, que segue o protocolo internacional DP-3T (Decentralized Privacy-Preserving Tracing) e garante um rastreio digital usando os telemóveis, através de uma participação voluntária e anónima dos cidadãos.
“Trouxemos um tema que está em debate a nível mundial, principalmente onde as liberdades são mais importantes”, revelou o mentor do projeto, que avançou que é uma solução que foi concebida de raiz, em que através de um telemóvel vai ser possível fazer o rastreio, evitar colapso no sistema de saúde e preservando a liberdade individual.
Hélio Varela assegurou que essa informação não será registada a nível central, ou seja, o servidor irá saber apenas de que se trata de um número de uma pessoa contagiada.
Segundo avançou, o projeto que já foi apresentado ao Governo está neste momento a ser socializado institucionalmente, mas realçou a importância da mesma ser socializada a nível da sociedade civil, organizações não governamentais, líderes religiosos, líderes comunitários.
Hélio Varela referiu ainda que o aplicativo já tem o parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados, mas aguarda o aval final do Governo sendo que será necessário um conjunto de procedimentos e etapas para aprovar uma resolução para o projeto.
O Aplicativo móvel “NaNosMon” será adaptável em todos os telemóveis da Google e Apple, ou seja 99% dos telemóveis cabo-verdianos.
As operadoras de telecomunicações CVTelecom e Unitel T+ aderiram a esta iniciativa, disponibilizando as suas redes tecnológicas e de contactos para sensibilizar e permitirem que o uso desta solução não tenha custos para os cidadãos.
Fonte: Expresso das Ilhas
Foto por: Expresso das Ilhas
Junho 2020