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CTT esperam crescer com comércio eletrónico e atividade bancária

O Conselho de Administração dos CTT vai propor à assembleia-geral de acionistas o pagamento de um dividendo de 0,085 euros por ação, pagável em maio de 2021, anunciaram no passado dia 16 de março os Correios de Portugal.

O lucro dos CTT recuou 42,9% no ano passado, face a 2019, para 16,7 milhões de euros, num ano marcado pela pandemia de covid-19.

A empresa pretende retomar o pagamento de dividendos em 2021, pelo que o Conselho de Administração irá propor à assembleia-geral de acionistas do corrente ano uma remuneração acionista referente ao exercício financeiro de 2020 de 0,085 por ação, pagável em maio de 2021”, referem os CTT, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No ano passado, a administração dos CTT tinha começado por propor um dividendo de 0,11 euros por ação, mas dada a incerteza provocada pela pandemia de covid-19, o Conselho de Administração reverteu a decisão.

No que respeita a perspetivas futuras, os CTT adiantam que vão continuar a “investir com vista ao desenvolvimento do ‘e-Commerce’ [comércio eletrónico] em Portugal”.

Face ao confinamento geral, que decorreu a partir da segunda quinzena de janeiro deste ano, “antecipa-se um impacto negativo a nível económico e social, que irá afetar a sociedade em geral e os negócios do grupo, o que poderá impactar as atuais estimativas elaboradas”, referem os CTT, no comunicado.

A gestão irá continuar a monitorizar as suas implicações no negócio e facultar toda a informação necessária aos stakeholders”, acrescentam, nas perspetivas para este ano.

Este ano “os CTT, apoiados no dinamismo do Expresso e Encomendas decorrente do crescimento constante do comércio eletrónico, bem como no continuado bom desempenho do Banco CTT, esperam apresentar um crescimento de um dígito elevado no que se refere aos rendimentos operacionais, EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] a crescer dois dígitos, EBIT [resultado antes de juros e impostos] superior a 50 milhões de euros”.

Estimam também “investimento de cerca de 35 milhões de euros, dos quais 15 milhões de euros referentes a investimento em crescimento”.

No ano passado, o investimento situou-se em 33,4 milhões de euros, menos 26,4% (menos 12 milhões de euros) do que o realizado em 2019.

O esforço financeiro realizado, num enquadramento fortemente impactado pela pandemia, manteve o foco nas áreas de negócio em expansão, ou seja, expresso e encomendas (+10,7 milhões de euros) e Banco CTT (+6,3 milhões de euros), no sentido de melhorar e otimizar os sistemas que suportam as suas atividades”, adiantam.

Em contrapartida, acrescenta a empresa liderada por João Bento, “verificou-se uma diminuição do investimento em sistemas de informação (-7,4 milhões de euros) nas restantes áreas de negócio e em equipamento postal na área do correio (-8,4 milhões de euros), em resultado do elevado investimento realizado em 2019”.

Relativamente ao contrato de concessão do serviço postal universal (SPU), que terminava no final de 2020 e foi prolongado até dezembro deste ano, os CTT referem que “os mecanismos de compensação pela decisão unilateral de extensão do contrato foram ativados pela empresa já no início de 2021”.

No final do ano passado, o número de trabalhadores dos CTT (efetivos do quadro e contratados a termo) era de 12.234, menos 121 (1%) do que em 31 de dezembro de 2019.

Importa referir que a partir de 2020 foi alterada a metodologia de contagem dos efetivos deixando de ser considerados os efetivos com acordos de suspensão, cujo impacto no período em análise é de menos 136 trabalhadores. Expurgando este efeito, a redução dos efetivos teria sido de 76”, explicam os CTT.

No ano passado, “verificou-se uma diminuição do número de trabalhadores (efetivos do quadro e contratados a termo) nas áreas de negócio Correio e Outros (menos 264) e Serviços Financeiros e Retalho (menos quatro), que mais que compensou o acréscimo do número de trabalhadores observado nas áreas de negócio Expresso e Encomendas (118) e Banco CTT (29)”.

No conjunto, as áreas de operações e distribuição da rede base (5904 trabalhadores, dos quais 4312 carteiros distribuidores) e a rede de retalho (2436 trabalhadores) “representaram cerca de 77% do número de trabalhadores efetivos dos CTT”.

Banco CTT celebra cinco anos desde o lançamento com objetivos cumpridos

O Banco CTT celebrou, no passado dia 18 de março, cinco anos de existência, com os principais objetivos estratégicos cumpridos.

O Banco CTT atingiu o break-even em 2020, alcançando um resultado líquido positivo. Além disso, registou ao longo dos cinco anos de existência da instituição um crescimento contínuo e acelerado da base de clientes, tendo superado a fasquia de 600 mil clientes em 2020 (um aumento de 12% face a 2019). O Banco CTT registou também um crescimento contínuo do volume de negócios de 27% em 2020, com um crescimento de 23% em Crédito e de 29% em Recursos de Clientes, face a 2019, cumprindo assim as principais metas definidas quando o Banco CTT foi lançado.

Luís Pereira Coutinho, CEO do Banco CTT, afirma que “estamos muito orgulhosos dos resultados alcançados ao longo destes cinco anos. Os mais de 600 mil portugueses que aderiram ao Banco CTT provaram a necessidade de uma proposta de valor assente na simplicidade, transparência e competitividade da oferta. O desempenho do Banco CTT atingiu os objetivos traçados, quer em resultado líquido quer em volume de negócios, uma prova de que a estratégia definida foi a acertada. Apesar do contexto desafiante, o Banco CTT encara o futuro com bastante otimismo, fruto de um modelo de negócio sustentável e adequadamente diversificado.”

O Banco CTT abriu portas a 18 de março de 2016, em 52 Lojas CTT em simultâneo, espalhadas pelos 18 distritos de Portugal. Pela primeira vez em vários anos um banco nascia em Portugal, criado de raiz, com presença física, mas também com uma forte presença nos canais digitais, tornando-se rapidamente num dos bancos preferidos dos Millennials. Em julho do mesmo ano o Banco CTT abre a sua centésima agência e, no final do ano, estava presente em 202 Lojas CTT.

Logo em janeiro de 2017, com apenas nove meses de atividade, o Banco CTT atinge os 100 mil clientes, tendo lançado também a oferta de Crédito Habitação, apresentando uma solução simples e de baixo custo para quem procura comprar ou trocar de casa, mantendo-se os valores associados ao seu lançamento: o de uma oferta acessível, compreensível e útil.

Em julho 2018, o Banco CTT dá um relevante passo na diversificação da sua oferta, acordando a compra da 321 Crédito, uma instituição de crédito de consumo especializado e que vem alargar o portfolio de negócios do Banco CTT. Em outubro do mesmo ano é dado mais um passo na diversificação da oferta, através da introdução de produtos de poupança fora de balanço, com o lançamento da oferta de PPR (Plano Poupança Reforma).

Em maio de 2019, o Banco CTT atinge os 1.000 milhões de euros de depósitos de clientes.

Já em setembro de 2020 a diversificação do portefólio é reforçada, com a entrada do Banco CTT no segmento de Negócios e Empresas, baseado numa fase de arranque, numa oferta completa de soluções de Factoring, sendo depois alargada de forma gradual e progressiva a outros produtos e serviços.

Em novembro de 2020 o Banco CTT atinge os 1.000 milhões de euros de crédito a clientes e um mês depois é alcançado o breakeven, com um resultado líquido de 0,2 milhões de euros.

O Banco CTT tem como ambição continuar a superar as expectativas dos mais de 600 mil portugueses que confiam no Banco, assente numa matriz de simplicidade e proximidade com o reforço substantivo de funcionalidades digitais, bem como através do estabelecimento de novas parcerias com entidades de relevo e geradoras de valor para os clientes do Banco.

Março 2021

Público/ CTT – Correios de Portugal

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