AICEP

Espaço LusofoniaCimeira empresarial da CPLP arrancou em São Tomé e Príncipe para “fortalecer a cooperação”

Cimeira empresarial da CPLP arrancou em São Tomé e Príncipe para “fortalecer a cooperação”

Mais de 150 empresas e empresários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam na segunda cimeira de negócios da Confederação Empresarial da CPLP, que arrancou hoje em São Tomé e Príncipe, para reforçar negócios e cooperação.

Esta cimeira, de entre os nossos vários objetivos, visa fortalecer a cooperação e a amizade entre os países-membros da CPLP e a consolidação do quarto pilar da CPLP – que é o pilar económico e cooperação empresarial”, disse o presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), Salimo Abdula.

O responsável da CE-CPLP destacou ainda que a organização pretende através desta cimeira “apresentar o potencial económico da República [Democrática] de São Tomé e Príncipe à comunidade empresarial da CPLP, abrindo portas para a troca de experiências” entre os empresários dos Estados-membros da CPLP, e não só.

O secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa, afirmou que se pretende que no futuro a organização seja “capaz de promover o incremento das trocas comerciais e do investimento”.

Precisamos de desenvolver as cadeias de valor domésticas, gerando condições de melhor integração e comércio global, e de criação de novos negócios, de postos de trabalho sustentáveis para a nossa juventude e de maior competitividade para as nossas economias”, defendeu Zacarias da Costa.

Da parte são-tomense, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Edite Ten Jua referiu que um dos desafios comuns à maioria dos países da CPLP é a necessidade de “vencer a dependência da ajuda externa ao desenvolvimento”.

No caso de São Tomé e Príncipe, sublinhou que enquanto pequeno Estado insular, “deve reforçar o seu desempenho económico através da cooperação económica com países da região” e com os Estados que se situam na sua vizinhança, “a fim de criar uma dinâmica suficientemente pujante”, que permita ao país avançar rumo ao desenvolvimento almejado.

Mas igualmente devemos caminhar com os países com quem partilhamos laços e uma visão comum e, por isso, mais do que nunca São Tomé e Príncipe deve repensar as suas estratégias de crescimento que têm de passar por uma visão mais ambiciosa e um sentido mais aguçado de aproveitamento das oportunidades existentes”, defendeu a ministra.

Edite Ten Jua sublinhou a existência de várias áreas de investimento em São Tomé e Príncipe e apelou à participação dos empresários da CPLP “na infraestruturação do país e implantação de novas empresas nos setores tecnológicos, do turismo, serviços, agricultura, agroindústria”.

O primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, também apelou ao empresariado da CPLP para investir no setor que considerou “crítico e fundamental para São Tomé e Príncipe, que é a saúde”.

Por causa da falta de respostas que ainda persistem no sistema público de saúde em São Tomé e Príncipe, queremos desafiar o setor privado a complementar o serviço público, trazendo para o nosso país novas valências, porventura através de uma unidade hospitalar de referência, que sirva não apenas aos são-tomenses, mas igualmente aos nossos vizinhos da sub-região do Golfo da Guiné”, apelou o chefe do Governo são-tomense.

Para o primeiro-ministro, esta “desejável combinação entre o setor público e o setor privado terá o condão de aumentar os níveis de confiança dos estrangeiros de países abastados que desejam passar o tempo da sua aposentação ou reforma em São Tomé e Príncipe” e atrair os empresários que queiram residir no arquipélago com as suas famílias.

Desafio-vos a juntos apostarmos numa resposta diferenciada portadora de um padrão elevado ao nível dos cuidados de saúde. Se trabalharmos neste sentido, e se esse desafio se tornar realidade, o setor do turismo certamente ganhará um músculo ainda maior para promover São Tomé e Príncipe, e muito mais elevados serão os horizontes e o patamar desse importantíssimo setor da atividade do nosso país”, explicou Jorge Bom Jesus.

A Cimeira de Negócios da CE-CPLP termina na sexta-feira e será marcada por conferências e debates sobre o potencial de São Tomé e Príncipe, e a sua atratividade em termos do investimento estrangeiro, indo ao encontro das suas linhas de desenvolvimento, como: turismo, saúde, agricultura, pesca e transformação alimentar, inovação e transição digital, formação e capacitação, setor energético.
Lusa

NEWSLETTER

Subscreva a nossa Newsletter e fique a par das últimas novidades das comunicações no universo da lusofonia.